Abertura de conta bancária no exterior: primeiro passo para a internacionalização
- Luciana Lois
- 6 de jan. de 2020
- 2 min de leitura
Certamente seria mais cómodo manter todos os nossos investimentos em um só lugar, o lugar onde vivemos. Infelizmente, as bases políticas e económicas do Brasil não são suficientemente sólidas, para impedir que problemas políticos e de má gestão pública prejudiquem a vida financeira dos cidadãos.
Assim, um passo importante, não apenas para proteção do patrimônio atual, mas também viabilizar investimentos futuros, será abrir uma conta bancária no exterior.

A primeira questão que surge é: Não é illegal?!
Não! Abrir uma conta bancária no exterior é possível e legal, desde que o cidadão declare-as e pague os impostos devidos. A ideia de associar a operação bancária no exterior com crime tributário é uma tentativa de convencer as pessoas a deixar todo o seu capital na mesma jurisdição (Brasil), para que as autoridades possam controlar de forma direta.
Algumas vantagens de possuir conta no exterior:
Privacidade, sigilo e confiança
Proteção contra fatores de risco político e económicos
Possibilidade de acesso a novos mercados e a investimentos não disponíveis no Brasil
Viabilizar negócios no exterior
Poder diversificar as suas contas entre diversas moedas
Economia durante viagens internacionais
Vantagens fiscais de acordo com a jurisdição do banco e a estrutura jurídica que você adotar.
Uma maneira eficaz, em termos de custo e tempo, para fazer compras no exterior, remessas de dinheiro, rendimentos de investimentos é através do uso de um cartão internacional pré-pago. Além do mais, quem tem conta no exterior e faz saques em reais no Brasil não está sujeito ao IOF. O imposto só será cobrado no caso de operações de câmbio quando a moeda é convertida.
Outra questão que surge: E a repatriação dos recursos, é possível?!
Sim, é possível fazer uma transferência do banco no exterior para o banco no Brasil. E se houver a necessidade de usar o recurso depositado fora, o cartão de débito ou crédito será a maneira mais rápida e eficiente.
Passo a passo:
1. Para a escolha da instituição bancária no estrangeiro é importante:
Um conhecimento das estruturas estatais e bancárias do país
Ter alguma proximidade ou simpatia ao local
Dominar o idioma (caso não domine o idioma local ou inglês)
A instituição bancária deverá ter uma oferta alargada de produtos de investimento bem como meios de pagamento (cartões de crédito e débito) e um homebanking.
Verificar o preçário ao nível das taxas cobradas (manutenção de conta, taxas para recebimento e envio de transferências)
Necessidade ou não de agente de referencia
Depósitos mínimos (de U$50 até U$ 5.000.000. Por exemplo, não tente abrir uma conta em Mônaco ou em um Private Bank suíço com U$1.000 ou U$ 5.000)
2. Documentos necessários:
Passaporte ou identificação civil local
Comprovante de residência
Número fiscal local
Referência bancária (carta do banco ou um extrato de meses anteriores) para algumas operações.
Explicar os motivos que o levaram a abrir a conta no exterior (em alguns casos)
3. Envio dos recursos
Transferência bancária (alguns bancos disponibilizam pelo Internet Banking)
Operadora de câmbio para realizar o procedimento.
Como visto, possuir uma conta bancária no exterior não é apenas uma questão financeira, mas também uma questão de liberdade.
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